boca do
inferno
por mais que te amar
seja uma zorra
eu te confesso amor pagão
não tem de ter perdão pra nós 
eu quero  mais é teu
pudor de dama
despetalando em meus lençóis 
e se tiver que me matar que seja 
e se eu tiver que te matar que morra
em cada beijo
que te der amando
só vale o gozo
quando for eterno
infernizando os céus e santificando
                                a boca do
inferno
Artur
Gomes
Suor & Cio – MVPB Edições – 1985

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